ZIV Gallery promove roda de conversa sobre mulheres na Amazônia

ZIV Gallery promove roda de conversa sobre mulheres na Amazônia

Foto: Sitah

Amazônia em destaque

Os desafios da mulher na Amazônia são tema da Roda de Conversa que a ZIV Gallery realiza nesta sexta-feira (11), às 19 horas, como parte da programação da Expo ZIV Mulheres, em cartaz até 31 de março. Participam as artistas Chermie Ferreira e Sitah.

Convidadas
.Chermie Ferreira – grafiteira, artista plástica e digital. Natural de Manaus, a artista é do povo Kokama e ribeirinha.

. Sitah – artista visual, fotógrafa com especialização em Antropologia Visual. Dedica seu trabalho para amplificar a voz da natureza e dos povos originários. Há mais de 10 anos convive e pesquisa comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia.

Sitah

O debate sobre mulheres e Amazônia será realizado na ZIV Gallery do Beco do Batman, à rua Gonçalo Afonso, 119, na Vila Madalena.

Expo ZIV Mulheres

Inaugurada no dia 08 de março, a Expo ZIV Mulheres tem mostra de arte de mulheres, debates e show.

Os eventos estão divididos entre as unidades da galeria no Beco do Batman e no Istituto Europeo di Design (IED) São Paulo, sediado em Higienópolis.

A mostra de arte com obras de artistas brasileiras e fotógrafas afegãs ocorre na ZIV – Beco.

“O objetivo da ação é dar visibilidade e espaço às mulheres na arte”, explica Marcela Rodrigues, gerente da ZIV e artista plástica e digital.

Para o galerista Helder Kanamaru, da ZIV Gallery, “é urgente aumentar a representatividade feminina nas artes para corrigir toda uma história de desigualdades, uma infeliz realidade em todas as áreas”.

@ruido.das.aguas @sitah_photoart

Chermie Ferreira, artista plástica

Chermie Ferreira

Programação

08/março – LANÇAMENTO EXPOSIÇÃO MULHERES
11h – Instalação asas em papel | Artista: Aninha Haddad – IED
19h – Coquetel de abertura – ZIV Beco do Batman

11/março – RODA DE CONVERSA COM ARTISTAS SOBRE AMAZÔNIA
19 horas – As artistas Chermie Ferreira e a fotógrafa Sitah, batem um papo sobre os desafios das mulheres na Amazônia – ZIV Beco do Batman

12/março – SHOW do DUO STEVANS
17h – ZIV Beco do Batman

22/março – RODA DE CONVERSA SOBRE EVOLUÇÃO DOS DIREITOS DAS MULHERES
11h – Convidada: Nathalie Malveiro
Promotora de Justiça do enfrentamento da violência doméstica do Ministério Público de São Paulo – IED

24/março – RODA DE CONVERSA SOBRE MULHERES REFUGIADAS
11h – Convidada: Luciana Capobianco
Fundadora da ONG Estou Refugiado promove uma roda de conversa com 4 jovens afegãs, fotógrafas, que chegaram no Brasil em novembro de 2021, fugidas do regime do Talibã – IED

26/março – ART BATTLE – MULHERES

29/março – RODA DE CONVERSA SOBRE ASSÉDIO SEXUAL
19h – Convidada: Ana Addobbati, co-fundadora da ONG Women Friendly Brasil – ZIV Beco do Batman

Artistas participantes
Aninha Haddad, Brunna Mancuso, Camila Véras, Chermie Ferreira, Fe Yamamoto, Josiani Durigan, Katryn Beaty, Marcela Rodrigues, Rabiscais, Natalia Prince, Paula Calderón, Silvia Marcon, Sitah, Tami.

Fotógrafas afegãs da ONG ESTOU REFUGIADO
Mahbuba Komail, Masouma Yavary, Shikofa Rasuli, Zahra Karimi

Apoio

Istituto Europeo di Design – IED SP
Johnnie Walker
MY ZYK

Parceria

Associação das Mulheres Empreendedoras do Beco do Batman – AMEBB
Unidos da Vila Madalena
Women Friendly
Estou Refugiado

Movimento de Valorização do Beco do Batman lança exposição para ajudar família de skatista

Movimento de Valorização do Beco do Batman lança exposição para ajudar família de skatista

Galerias, artistas e empresários, do Movimento de Valorização do Beco do Batman,  lançam nesta quinta-feira, 11/11, às 18 horas, na ZIV Gallery, o projeto SHAPE NO BECO, uma exposição de shapes produzidos especialmente para ajudar a família do skatista Ricardo Cabral Solino, o Rico. Ricardo faleceu em junho de 2021, em decorrência de Covid-19 e agora, sua família, esposa e filho de um ano tem passado por dificuldades.

Obras de arte produzidas a partir de shapes de Ricardo Cabral, o Rico da RCSSKT, serão vendidas e parte do valor será revertido para ajudar esposa e filho do skatista.

Além de ser um nome muito conhecido no skate, Rico criou em 2004 a marca RCSSKT – Respeito Com o Skatista SKATEBOARD. Durante a pandemia, Rico acabou fechando suas lojas e mais tarde veio a falecer, deixando a família em situação financeira difícil.

Ao saber da história, uma galeria de arte do Beco do Batman comprou 50 shapes da antiga loja de Rico e articulou um projeto em conjunto com o Movimento de Valorização do Beco do Batman, reunindo artistas, galerias, esportistas, restaurantes, bares e lojas do Beco do Batman para ampliar a ajuda à família de Rico Cabral.

Mais de 40 artistas e esportistas foram convidados para criar obras de arte a partir dos materiais de Rico. Agora transformados, os shapes serão expostos e estarão disponíveis para venda a partir do dia 12 de novembro nas galerias participantes da ação: ZIV Gallery, A7MA Galeria e Alma da Rua. Depois de 15 dias, também estarão em exposição em bares e restaurantes do Beco.

O valor arrecadado com o projeto será dividido em: 40% destinado à família de Rico Cabral, 40% para os artistas que pintaram e deram suas identidades aos shapes, e 20% para o Movimento de Valorização do Beco do Batman.

Artistas participantes: Afolego, Binho, Caburé, Caio Bless, Canhoto, Chermie, Chivitz, Cinico, Clóvis, Curió, Dablio Black, Dan Mabe, Dani, Décio Ramirez, Dino, EDMX, Elvis Mourão, Enivo, Fabio Polesi, Felipe Lanzas, Flecha, Ikehara, Izu, Lady Brown, Lari, Lobot, Lukin, Mari Pavanelli, Micha, Mirs Monstrengo, Pás Schaefer, Pato, Philaico, Rocha, Sapiens, Sergio Free, Tales, Tche, Trompaz, Waleska Nomura, xGuix.

Atletas participantes: Akio, Daniel Kim, Felipe e Tiago, Flavio Ascanio, Flavio Pires, Le Silva, Rogerio Lalau, Sandro Dias, Wilson Sallada.

Galerias participantes:

ZIV Gallery – R. Gonçalo Afonso, 119 – @zivgallery

A7MA – R. Medeiros de Albuquerque, 250 – @a7magaleria

Alma da Rua – R. Gonçalo Afonso, 96 – @galeriaalmadarua

Estabelecimentos participantes:

. Bar D. Nina

Rua Fidalga, 212

. @Becoartes

Rua Gonçalo Afonso, 99

. Casa de Comade

Rua Gonçalo Afonso, 111

. Charles Dog

Rua Medeiros de Albuquerque, 97

. KMM Management Ltda

Rua Medeiros de Albuquerque, 23

. Madruguinha Coffee Shop

Beco do Batman

. Quintal D’Elas

Rua Gonçalo Afonso, 102

. Santa Madaloka

Beco do Batman

. Vrau Smash Burger

Rua Girassol, 185

. Zero bar sp – @zerobarsp

Rua Harmonia, 26

. Buena Vista Barber Club

Rua Girassol, 228

Idealização:

Flavio Pires, BAR DA D.NINA, QUITANDINHA

Helder Kanamaru, ZIV GALLERY

Tito Bertolucci, ALMA DA RUA

Binho Ribeiro, artista

Kana, A7MA

 

Sobre Ricardo Cabral

Ricardo Cabral, mais conhecido como Rico, começou no skate com 13 anos, andando com amigos nas ruas do Rio de Janeiro.

Aos 18 anos, mudou-se para a capital paulista.

Em 2004, montou uma marca de skate que era a sua grande paixão: RCSSKT – Respeito Com o Skatista SKATEBOARD. Com ela, fez coisas incríveis pelo skate e pelos praticantes.

Em 2020, com a pandemia, as lojas da marca fecharam.

Em 16 de junho de 2021, Rico morreu em decorrência de Covid, deixando esposa e o filho de pouco mais de um ano.

 

Sobre o Movimento de Valorização do Beco do Batman

O movimento foi estruturado este ano para organizar ações de valorização e divulgação do  distrito de arte do Beco do Batman, uma verdadeira galeria de arte urbana a céu aberto.

Participam da iniciativa: artistas, galerias, restaurantes, bares, lojas, microempreendedores e moradores da região do Beco do Batman.

 

Chermie Ferreira e o desafio de retratar o Norte do Brasil

Chermie Ferreira e o desafio de retratar o Norte do Brasil

Chermie Ferreira, artista plástica

Filha de Suane, neta de Rita e Raimunda, bisneta de Maria, a artista plástica, Chermie Ferreira, se fez na vida e na arte, inspirada pela coragem e determinação das mulheres de sua família.

Em entrevista à ZIV Gallery, Chermie conta as intrincadas histórias de suas ancestrais e como elas formaram um de seus traços pessoais e artísticos mais fortes: a defesa das mulheres e a luta pelo empoderamento feminino. Sem esquecer de valorizar as culturas indígena e ribeirinha da região Norte do país.

Por esses objetivos, a menina destemida, natural de Manaus (AM), foi para as ruas grafitar, mudou de estado, viajou o Brasil, denunciou um ex-companheiro violento, ministrou palestras e oficinas reunindo graffiti, autoestima feminina e políticas públicas.

Radicada em São Paulo, desde 2018, na cidade, Chermie Ferreira se encontrou e se firmou como artista multitalentosa. De seus muitos papéis, dois se destacam e se apoiam: o de artista e o de mãe.

Com a arte, espera ajudar a construir um mundo melhor para as filhas de Sara e Wira Tini, tal como suas bisavós, avós e mãe fizeram pelas gerações seguintes.

 

Ancestralidade refletida na arte

Chermie Ferreira, artista plástica

Chermie é descendente da tribo Kokama e leva sua ancestralidade para a arte

Para entender a arte e a história de Chermie, é importante mergulhar em sua ancestralidade marcada por migrações e jornadas desafiadoras.

A bisavó de Chermie, Maria José, natural da Bahia, casou-se no Acre com o índio Kokama José, do Amazonas. A filha deles, a avó Rita, se apaixonou pelo avô Sólon, mas o bisavô era contrário à união, porque temia pela filha, negra, casada com um homem branco, já imaginando o racismo pelo qual passaria ao longo da vida. “Meu bisavô era um homem simples em Xapuri, mas já conhecia bem o racismo porque sua esposa Maria José, sendo negra, já enfrentava isso bem de perto”, aponta a artista.

Para casar, Rita e Sólon fugiram do Acre, passaram pelo Amazonas, pelo Pará, onde nasceu Suane – mãe de Chermie – e seguiram para o Maranhão. Lá, o avô faleceu, deixando a avó com quatro filhos de nove, sete, quatro anos e um bebê de colo.

Depois do enterro, Rita, sem rumo, não voltou para casa, pegou os filhos e dali mesmo partiu para Belém, abandonando o pouco conquistado para trás. “Ela ficou sem chão”, revela a artista. Da capital do Pará, a família seguiu para Manaus, onde uma tia avó morava.

Rita conseguiu um emprego de cobradora de ônibus. “Ela saía às quatro da manhã para trabalhar”, conta a neta. A mãe por outro lado, uma criança, andava quilômetros, atravessando igarapé (rio estreito) e pegando ônibus até chegar à sala de aula. Depois, ainda na infância, conseguiu um emprego de doméstica. O tio de nove anos foi trabalhar como padeiro e em casa ficavam as crianças de seis e dois anos.

Com toda dificuldade, a avó nunca abandonou os filhos e ainda cuidou de outras crianças.

Dessa narrativa, feita pela mãe, Suane, em um café da manhã, Chermie teve insights para uma linha de trabalho artístico sobre maternidade. “Ser mãe cria uma potência nas mulheres e esse se tornou um tema importante para minha pintura, meus bordados, minha arte”.

Chermie Ferreira, artista plástica

Histórias familiares estão presentes no trabalho da artista manauara

Também de uma conversa à mesa, enquanto a família comia feijão com farinha, Suane relembrou um dos muitos dias passados na estrada, aos seis anos de idade, depois da morte do pai, no trajeto do Maranhão para o Amazonas. Sem dinheiro e sem comida, Rita – a avó – pediu a um homem um prato de comida, mas ele só tinha feijão com farinha para si e para oferecer aos viajantes. Grata pela doação, a avó fez bolinhos e deu aos filhos para aplacar a fome. A história mais uma vez acendeu a necessidade de retratar a vida da família, a coragem das mulheres e a vida no Norte do país.

Assim, com causos hiper-reais da vida familiar, ou pesquisando a realidade de sua terra natal, a artista vai criando novos caminhos para sua arte.

 

Chermie Ferreira pelas mulheres

As experiências familiares criaram outro traço importante da vida de Chermie: a defesa inabalável das mulheres.

A mãe da artista casou-se com um homem violento, seu pai, contrário à esposa estudar, mas ela nunca abaixou a cabeça, mesmo tendo de sair às seis horas e voltar meia-noite para trabalhar e se dedicar aos estudos.

Durante 12 anos, a mãe suportou os abusos físicos e psicológicos do ex-marido, cujo comportamento colocava em risco os próprios filhos, como quando ele ameaçou jogar o carro com toda a família, embaixo de um caminhão.

“Quando eu tinha nove anos, minha mãe fugiu de casa, cansada de apanhar. Ficamos um mês só com meu pai. As coisas só mudaram quando ele foi ao trabalho dela jogar as roupas na porta e minha mãe finalmente contou aos colegas a realidade de seu casamento. Como havia uma delegacia ao lado, ele terminou preso por agressão”. A mãe se separou, cursou Mestrado em Relações Públicas, cuidou e encaminhou os filhos, sem parar de trabalhar.

Dessa experiência, Chermie tirou a decisão de nunca deixar um homem ser violento com ela. Denunciou um ex-companheiro agressivo e também não aceitou isso de colegas artistas ou amigos em relação a suas companheiras.

“Nasci feminista, porque vim dessas mulheres e todo o resto complementa essa necessidade de ajudá-las a viver melhor”, diz. “Não preciso ler livros acadêmicos sobre feminismo, nem ter Frida Kahlo como referência porque elas vieram da minha vida, do meu convívio familiar”.

 

Arte para valorizar a região Norte

Chermie Ferreira

Chermie Ferreira cria eventos para incentivar mulheres na arte

O caminho da arte na vida de Chermie, começou pelo mangá, inspirado pelos desenhos animados Dragon Ball Z e Cavaleiros do Zodíaco, aos nove anos. Aos 16, foi pintar seu primeiro muro com amigos para incentivar as mulheres a disputarem os locais mais importantes de Manaus. “Havia muitas mulheres no graffiti, mas elas não disputavam o “hall off fame” da cidade – localizado em duas ruas de grande movimento”, aponta.

No início, fazia bonequinhas à la Nina Pandolfo, depois se especializou em letras 3D, partindo para um estilo mais novaiorquino, inédito na região.

Foi ganhando as ruas e criando eventos para incentivar meninas e mulheres na arte. “Ainda é muito comum as meninas deixarem o graffiti por gravidez na adolescência, então acaba havendo renovação forçada, porque as mulheres optam pelos filhos. Eu prossegui por ser teimosa, filha de Suane, uma educadora de filhas guerreiras”, ressalta. A mãe além de incentivar sua arte, cuidar da filha mais velha de Chermie, também fez questão de comprar a passagem da primeira viagem para a artista grafitar.

Depois de quatro anos no graffiti, em 2008, ela organizou o “I Festival de Graffiti Feminino da região Norte”. Em 2016, criou a plataforma de divulgação digital de trabalhos de mulheres, o “Graffiti Queens“. Dois anos mais tarde, veio o “1º Festival Internacional de Graffiti Feminino”, realizado em São Paulo. A artista também criou a primeira revista de graffiti feminina em meio físico.

No momento, Chermie está organizando o festival Yapai Waina, “levanta mulher”, em Kokama. É o 1º Festival Internacional de Graffiti com foco nas artistas plásticas do Amazonas e será realizado de 13 a 15 de maio, em Presidente Figueiredo (AM).

 

Chermie Ferreira se descobre artista em São Paulo

Chermie Ferreira, artista plástica

Do graffiti de Manaus para a cena paulistana

Com toda essa potência inabalável no graffiti, no início, Chermie queria mesmo era ser DJ. Chegou a se matricular no curso, em São Paulo, entretanto, foi para a Bahia trabalhar com tatuagem, Direitos Humanos, cursos e palestras para mulheres, além de continuar grafitando por onde ia.

Da Bahia, por motivos pessoais, desembarcou em São Paulo. “Me encontrei nessa cidade. São Paulo não para e eu, também não. Vivo a mil por hora com muitos projetos”, comenta.

Na capital paulista, ela finalmente se descobriu artista. “Não me via como artista até um ano atrás”.

 

Wira Tini volta para casa

Preocupada com a família em Manaus, cidade fortemente atingida pela Covid-19, especialmente com a mãe, do grupo de risco, Chermie viajou em 2020 para ficar perto da família, onde está se protegendo e ajudando a cuidar de todos.

Obra de Chermie Ferreira

Wira Tini, pássaro branco em Kokama, é o nome indígena de Chermie

Madura, agora, além de se sentir inteiramente artista, a pandemia trouxe novamente o convívio com a mãe e tios, histórias de família começaram a fazer sentido, passou a pintar quadros, inspirada em imagens de fotógrafos do Norte do país, com toques de impressionismo.

As lembranças da infância dentro do rio, nadando com jacarés, de viver em casas flutuantes, de andar de barco com o pai e o tio, ambos militares, aflorou ainda mais a identidade indígena e ribeirinha da artista manauara, reconhecida em São Paulo e contratada por uma galeria inovadora no propósito e na visão artística.

“Uma mulher, artista, mãe, do Norte, conseguir reconhecimento em São Paulo e estar em uma galeria moderna, nova, conectada com crenças de valorização das mulheres, da natureza, dos povos indígenas, da população ribeirinha, como a ZIV Gallery, demonstra minha maturidade e acerto em lutar”, alegra-se.

Dessa nova fase, estão saindo séries de trabalhos artísticos – tanto em quadros como em bordado – sobre mulheres amazonenses de diversas profissões; mães e crianças e sobre copaíba e andiroba, folhas de cura, em geral aplicadas por mulheres, também sempre relacionadas ao processo curativo das famílias.

O bordado é um aprendizado novo e responde à necessidade de aumentar as plataformas artísticas de Chermie, já reconhecida no graffiti, na arte digital e na pintura.

Chermie, nome de um peixe amazônico, também é Sara – de nascimento – e mais recentemente se tornou também Wira Tini, cujo significado na tribo Kokama é pássaro branco. Como peixe, ela nada forte e vence qualquer curso d’água e como pássaro, voa longe para conhecer o mundo e honrar seu povo e sua história pessoal.

Conheça as obras de Chermie Ferreira na ZIV Gallery, a mais nova galeria de arte no Beco do Batman, cujo propósito é criar oportunidades e gerar transformações com arte!

 

Galeria de obras de Chermie Ferreira:

Clique nas fotos para expandir e navegar.

Olá, precisa de ajuda?