Foto: Sitah

A ZIV Gallery promove de 08 até 31 de março a Expo ZIV Mulheres com atividades no Beco do Batman e no Istituto Europeo di Design (IED) São Paulo, sediado em Higienópolis.

A mostra de arte com obras de artistas brasileiras e fotógrafas afegãs ocorre na ZIV Gallery, do Beco do Batman, com abertura da exposição no dia 8, às 19 horas.

Ao longo do mês de março, a ZIV realiza também uma RODA DE CONVERSAS com debates sobre temas como violência contra a mulher, gênero e personalidade e desafios enfrentados pelas mulheres.

“O objetivo da ação é dar visibilidade e espaço às mulheres na arte”, explica Marcela Rodrigues, gerente da ZIV e artista plástica e digital.

 

Para o galerista Helder Kanamaru, da ZIV Gallery, “é urgente aumentar a representatividade feminina nas artes para corrigir toda uma história de desigualdade, uma infeliz realidade em todas as áreas”.

Representatividade das mulheres na arte

foto: Mahbuba Komail, fotógrafa afegã refugiada no Brasil

foto: Mahbuba Komail, fotógrafa afegã refugiada no Brasil

As mulheres são 51,8% da população, mas não ocupam espaço no mundo do trabalho na mesma proporção. O mesmo acontece na arte. As mulheres artistas têm pouco espaço nas galerias, muros e universidades, por exemplo.

Por falta de oportunidades, as mulheres deixam o trabalho artístico de lado ou em segundo, terceiro planos para garantir o seu sustento e da família.

“Mudar essa realidade é necessário e urgente. Quantas artistas de primeira grandeza foram perdidas por falta de oportunidade? A ZIV quer ser parte da mudança!”, aponta Kanamaru.

Por isso, a ZIV Gallery está promovendo, no mês de março, a EXPO ZIV MULHERES, um momento de debater a realidade duramente enfrentada pelas mulheres e um espaço para expor a arte delas.

O objetivo é valorizar, dar mais espaço e visibilidade ao trabalho realizado por artistas mulheres, para que elas possam ter voz, sprays, tintas, telas, muros e muito mais em sua jornada na arte e na vida.

 

Programação

. 08/março – LANÇAMENTO EXPOSIÇÃO MULHERES

11h – Instalação asas em papel | Artista: Aninha Haddad – IED

19h – Coquetel de abertura – ZIV Beco do Batman

. 11/março – RODA DE CONVERSA COM ARTISTAS SOBRE AMAZÔNIA

As artistas Chermie Ferreira e a fotógrafa Sitah, batem um papo sobre os desafios das mulheres na Amazônia – ZIV Beco do Batman

. 12/março – SHOW do DUO STEVANS

17h – ZIV Beco do Batman

. 22/março – RODA DE CONVERSA SOBRE EVOLUÇÃO DOS DIREITOS DAS MULHERES

11h – Convidada: Nathalie Malveiro

Promotora de Justiça do enfrentamento da violência doméstica do Ministério Público de São Paulo – IED

. 24/março – RODA DE CONVERSA SOBRE MULHERES REFUGIADAS

11h – Convidada: Luciana Capobianco

Fundadora da ONG Estou Refugiado promove uma roda de conversa com 4 jovens afegãs, fotógrafas, que chegaram no Brasil em novembro de 2021, fugidas do regime do Talibã – IED

. 26/março – ART BATTLE – MULHERES

. 29/março – RODA DE CONVERSA SOBRE ASSÉDIO SEXUAL

19h – Convidada: Ana Addobbati, co-fundadora da ONG Women Friendly Brasil – ZIV Beco do Batman

foto: Masouma Yavary, fotógrafa afegã refugiada no Brasil

 

Artistas participantes

Aninha Haddad, Brunna Mancuso, Camila Véras, Chermie Ferreira, Fe Yamamoto, Josiani Durigan, Katryn Beaty, Marcela Rodrigues, Rabiscais, Natalia Prince, Paula Calderón, Silvia Marcon, Sitah, Tami

Fotógrafas afegãs da ONG ESTOU REFUGIADO

Mahbuba Komail, Masouma Yavary, Shikofa Rasuli, Zahra Karimi

@aninhahaddad @brunnamancuso @camilaveras @ruido.das.aguas @feartes_y @jodurigan @katrynbeatyart @marcela.rodriguesc @paulacalderon.arte @rabiscais @sil_sil @sitah_photoart @tamilemos @nataliaprince.art

 

Apoio

Istituto Europeo di Design – IED SP

Johnnie Walker

MYZYK

 

Parceria

Associação das Mulheres Empreendedoras do Beco do Batman

Unidos da Vila Madalena

Women Friendly

Estou Refugiado

@iedsp  @johnniewalkerbrasil @amebb @womenfriendlybrasil @estourefugiado

 

Lambe-lambe traz a floresta de volta para a cidade

Foto: Sitah – Lambe-Lambe dá boas-vindas a quem prestigia a exposição

A mostra de arte exclusiva de mulheres traz logo na entrada da ZIV Gallery um lambe-lambe do trabalho da fotógrafa Sitah, chamado Silêncios.

Silêncios nasce do anseio da artista de trazer a Floresta de volta para a cidade . “Nos inspira a lembrança de que somos a Natureza”, explica Sitah. O projeto – parte de uma série de intervenções artísticas cuja essência é trazer a Floresta de volta para cidade e o estado de pertencimento com a natureza – aterrissa no muro do Beco do Batman a convite da ZIV.

A fusão fotográfica da rainha da Floresta; a árvore Samaúma, no corpo da liderança indígena Watatakalu Yawalapiti representa esse estado de pertencimento com a natureza, aponta a fotógrafa. “O corpo indígena feminino pintado de vermelho nos faz refletir que a violência e destruição da natureza se tratam de um ataque a própria vida.”

A obra esta à venda na galeria durante o período da mostra e 50% do lucro da artista é destinado à líder indígena.

Em 2020, a imagem foi projetada em empenas do centro da cidade de São Paulo. Veja aqui : https://vimeo.com/496702311

Em 2021, em uma experiência visual imersiva no Centro Cultural SP, Sitah trouxe as águas e as matas da Floresta Amazônica nos convidando a experimentar as sensações de SER, ESTAR e PERTENCER a natureza.

Sobre Sitah

“A fotografia é o meu ponto de partida para amplificar a voz dos rios, das montanhas, da floresta e dos povos originários, com o propósito de sensibilizar para um urgente resgate de reconexão com a natureza.”

Especializada em antropologia visual pela Universidade de Barcelona, foi convidada a expor seu trabalho em relevantes espaços culturais pelo Brasil, dentre eles Sesc, Unibes Cultural, Casa Firjan e em edições da Virada Sustentável.

Com a intervenção urbana Silêncios (2020), projetou, em empenas de prédios do Parque Minhocão (SP), imagens da natureza fundindo-se ao corpo feminino da líder xinguana Watatakalu Walapiti, conectando a cidade aos povos originários, que incansavelmente tentam nos acordar para o fato de que sem a floresta não há vida, destaca firmemente a artista.

Em 2019, fez parte da exposição Povos das Águas, resultado de 10 anos de pesquisa e convivência da artista com as comunidades ribeirinhas amazônicas no anseio de desvendar os mistérios dessas águas e os segredos de quem ali vive. Quem conduz essa série são as águas do Rio Negro.

Imersões são parte do trabalho da artista, que testemunhou também os tradicionais rituais de passagem femininos vivenciados na cultura do povo Kamayurá. Desse contato nasceu a exposição Mulheres do Xingu (2019), idealizada em comunhão com as indígenas, que são as guardiãs das tradições de seu povo e que, movidas por um desejo de igualdade, quebram paradigmas e se unem aos homens em defesa de seu território. O projeto segue em expansão junto às xinguanas e tem como objetivo a aliança de mais mulheres, indígenas e não indígenas.

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